sexta-feira, 23 de outubro de 2009

De coração nas mãos , A Mãe e O Vaso


"De Coração nas Mãos"07/2008
Óleo sobre tela , 30x40
Autopsicografia de Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente
E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem ,
Não as duas que ele teve ,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas da roda
Gira a entreter a razão
Esse comboio de corda
Que se chama coração .


"A Mãe" , 08/2008
Óleo e pastel de óleo sobre tela , 87x70
"Amo como ama o amor . Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga , além de que te amo , se o que quero dizer-te é que te amo?"
Fernando Pessoa
"O Vaso" , 11/2008
Óleo sobre tela , 30x30
"Viver é ser outro . Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu ; sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje o que se sentiu ontem , ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida ."
Fernando Pessoa

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