sábado, 4 de junho de 2011

A Senhora Fértil

 

asenhorafertil

“A senhora fértil”  óleo sobre tela

60*60 cm , 06/2011

 

Á senhora dona da fertilidade ,

Que em seu regaço me deleita

E com seu seio me alimenta!

Doce mãe , carinhosa e chorosa

Que em tuas lagrimas me desfaço de amor teu.

Em meio a grinaldas de papoilas

Me puseste ao mundo ,

Enrolado em carinho e a proteção do lotus.

E nesse jardim eu me deleito

Face a semente plantada ,

Alimentada pelo teu seio.

És o jardim primaveril ,

Senhora do equinocio eterno ,

Regalo de amor materno ,

Eu , a semente por ti plantada .

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Censura

 

009

“Censura” óleo sobre tela 

35*27 cm  , 05/2011

Censura

Censurei teu olhar perdido !

Censurei tuas ideias que a mim eram alheias!

Censurei teus lábios e tua voz junto com eles !

Não te quis ouvir  pensar ,

Tão pouco o que tens a dizer !

És tudo o que contra mim vai !

Sou o olhar duro que sobre ti se abate!

Sou a mão que te aperta e te faz calar .

Sou o torturador que te quer cegar!

Reprimo tudo o que tu fazes ,

Com o prazer de um carrasco que com sua lança

Faz sair da tua boca um espasmo ,

Não são lágrimas que me vão fazer parar ,

De sobre ti minha lança parar de te espetar.

Já não falas ,

Já não gritas ,

És um manto vermelho ensanguentado

Que já não aguenta com as próprias feridas.

Não adianta espernear .

És ser subjugado ao meu ser ,

És ser subjugado ao meu querer .

Cão treinado e domado ,

Sob um manto vermelho ensanguentado .

És escrava de minha vontade

Do sentimento promíscuo sem mais devaneios

E agora sim ,

És tudo aquilo que eu sempre quis para mim!

 

Mafalda Marques